Uma das coisas que pude perceber aqui no Distrito federal é a atuação do governo. Na sua grande maioria, as ações que são anunciadas são cumpridas. E é isso que me preocupa.
Uma ação do GDF (Governo do Distrito Federal) anunciada esta semana pretende tirar das ruas quem vive nelas. Agentes sociais vão tentar levar para pensões, pequenos hotéis e um albergue os moradores de rua por tempo indeterminado. Ao todo são 600 indigentes contabilizados, que vivem sob as marquises da rodoviária e debaixo dos viadutos da esplanada.
Mas e daí?
Daí que esses caras vivem de esmola. Dada por nós. E a pura e simples remoção das ruas, sem um programa que garanta para esses indigentes uma profissão através de cursos de capacitação, para que deixem de viver da esmola e sim de seu próprio trabalho, não vai adiantar em absolutamente nada. Vai ter neguinho saindo do albergue e voltando pra mendicância. Já que os burros já foram expulsos, agora é a vez da galera do “eu podia tá matando, eu podia tá roubando, mas tô aqui te chateando”.
Isso não é uma ação social. É um programa de assepsia governamental.
Todo governo de qualquer cidade do país possui ações e programas para tratar dos moradores de rua. Ou pelo menos deveria ter. Só que o sucesso dessas ações não está somente no fato dos moradores de rua não terem uma fonte alternativa de renda, como a esmola, para aceitarem a ação do Estado. Mas também na garantia de que estas pessoas terão como produzir e sobreviver independentes. Nessa o governo tem que entrar de sola.
Ou podemos esperar as meninas de saiote aos bandos rodando por aí.
Fonte: G1 e DFTV. Foto: Fernando Bizerra
É,… Brasília está um problema. Também pudera: depois de anos sob o comando do ‘fazedor de curral eleitoral’, os eleitores entregaram a cidade para o ex-pau-mandado do Roriz, ex-pau-mandado do ACM, mentiroso-chorão, fornicador de painel eletrônico… aí fica complicado mesmo. Mas, voltando ao seu texto,… tomara que o ‘albergue’ escolhido seja o Hotel Nacional. Assim ainda poderão pedir esmolas no Setor Comercial Sul. O problema é que, se o Hotel Nacional ainda for do Canhedo (é tanta falcatrua que eu perdi o fio-da-meada da novela da Vasp e as ‘canhetices’ do Canhedo)… ah, se ainda for do Canhedo, aí ele cobra do Estado, cobra dos mendigos; depois pede auxílio ao BNDES. Tá difícil essa nossa Brasília. Por isso eu vim curti (pra sempre) umas férias no litoral. BsB, só a trabalho! Um abraço!