Sacanagem no funk, Furacão 2000 e um tapinha na hipocrisia

Será que vocês lembram daquela música (sic!) que, lá pelos idos de 2002, dizia mais ou menos assim: “Dá uma quebradinha / E sobe devagar / Se te bota maluquinha / Um tapinha eu vou te dar / Porque: / Dói, um tapinha não dói / Um tapinha não dói.”

Então, lembrou? Refresque sua memória com o vídeo abaixo:

O nome desta pérola do funk carioca chama-se “Um tapinha não dói”, produzida pela Furacão 2000. Foi largamente reproduzida por tudo quanto é canto do Brasil por um tempo. E, por sorte, o sucesso foi tão efêmero quanto suas irmãs funkeiras: acho que não passou de um carnaval.

Pois bem. Uma ação ajuizada lá em 2003 pelo Ministério Público Federal e pela Themis – Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero contra a produtora Furacão 2000 teve êxito agora, quase 5 anos depois. A Furacão 2000 foi multada em 500 mil reais só por ter lançado a música “Um tapinha não dói”. O motivo? Tanto o MP quanto a Themis consideram que a letra da música banaliza a violência contra a mulher, transmite uma visão preconceituosa contra a imagem da mesma, além de dividir as mulheres em boas ou más conforme sua conduta sexual. Na ação movida, ainda afirmam que “esse tipo de música ofende não só a dignidade das mulheres que comportam-se de acordo com o descrito em suas letras, mas toda e qualquer mulher, por incentivar à violência, tornarem-na justificável e reproduzirem o estigma de inferioridade ou subordinação em relação ao homem”.

Porra nenhuma! Pura hipocrisia idiota! Eu não gosto de funk, acho que em muitos casos existe a banalização do sexo, exageram na sacanagem no baile funk inclusive com meninas menores de idade… Mas, a letra da música “Um tapinha não dói” não fala nada demais, tem coisa MUITO pior por aí, como a exaltação à bandidagem e ao tráfico de dogras (“Morro do Dende é ruim de invadir, nos com os ‘alemão’ vamos se divertir”), apelo gratuito ao sexo e coisas do gênero. Talvez seja erótico demais a maneira como a galera dança funk, mas e os axés da vida? Também são. E a falecida lambada? Tinha até criança se esfregando com adulto!

Imagine se a moda pega? O Professor Pasquale processando essa galera toda do funk por assalto à língua portuguesa; tudo quanto é cantor sertanejo sendo acionado pela Associação dos Cornos Mansos; a turma toda da esquerda marxista defensora dos afro-brasileiros (ainda existe isso?) multando a Kelly Key pela Loirinha e o Negão. E por aí vai.

O fato é que eu tenho implicância com ONGs, pricipalmente aquelas se valem da hipocrisia brasileira para aparecer e mostrar serviço. Quanto é que não foi gasto nessa ação idiota? Tem tanto trabalho escravo, velho babão pedófilo e marido porrando a mulherada pra se preocupar por aí…

Fonte: G1

17 respostas para “Sacanagem no funk, Furacão 2000 e um tapinha na hipocrisia”

  1. Pingback: Anônimo
  2. Se a música “Um tapinha não dói” deu um “prejuízo” de 500mil a furacão2000. Imagine essas três…
    Esse verão foram lançadas três músicas mais ou menos assim.
    1- “Pa* na Buc**, buc** no pa**…”
    2- “As novinha mama rindo…”
    3- “Abre a buc** meu pir** é um cargueiro”
    Nossa, quantos mil essas músicas iriam pagar?

    Tanta coisa mais útil para trabalhar em cima, vão trabalhar nessa música depois de vários anos. É fogo viu?

    abraço
    http://www.zecanet.blogspot.com

  3. Opa!

    Concordo com teu texto, mas vale ressaltar que o exemplo do Rap da armas que você citou não vale, pois ele é um “propibidão”

    A versão pública dele é politicamente correta 🙂

    É o bom e velho preconceito conta as periferias… Já foi dito, mas não custa lembrar… vão processar os autores da música “Amélia é era mulher de verdade”…

    Falta de sexo dá nisto 🙂

  4. ola, só pasei pra diser k eu adoro funk,preconceito de onje em dia já é muito avançado pra k os k falam naum sabem curtir é isso ai bjinhos … lily

  5. olaaaaaaaaa,sò passei para dizer que os outros comentarios estao massa bjsssssssssssssss!

  6. no lugar, não podemos confundir o ruim com o pior,entendeuu!!!
    voce é bonito, mas penso q não é burro!!!!!!!!!!!!!

  7. em tempo: alguns ritmos são eróticos, mas não vulgares.
    o funk é o dois.

  8. bom eh a primeira vez q to lendo teus textos e pode fikr sabendo q alem de concordar contigo axoooo ridiiiiiiiiiculo esse jeitinhu todo brazuka de desviar a atençao das coisas q realmente valem a pena!!!!!!!!!!BJUX

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