Caraca! Toda vez que sou obrigado a viajar de avião para o Rio entro em pânico: primeiro pela possibilidade de voltar à cidade-bosta com seu trânsito assassino na linha vermelha, passagem obrigatório para quem desce no aeroporto Tom Jobim; segundo pelo inferno dos aeroportos e das companhias aéreas. E quando está chovendo então, a coisa toda se multiplica num bolo de merda caótica.
É o que está acontecendo hoje.
Meu vôo estava marcado para as 7 da manhã, saindo aqui de Brasília direto ao Rio. A televisão da infraero (ou infra-zero?) marca indiferente: GOL 1821 – atrasado – previsão 11:00. Ok, sigo para o balcão de informações da Gol para entender o que se passa, às 6 e meia da manhã:
Eu calmo: O que aconteceu com o vôo cancelado das 7 da manhã?
Rapaz sorriso: Não foi cancelado, senhor. Foi transferido para às 11 horas.
Eu calmo: E o que vai ser do vôo da 11 horas?
Rapaz sorriso: Foi transferido para as 14 horas.
Eu calmo: E o das 14 horas?
Rapaz sorriso: Ah! Esse sim deve ser cancelado.
Eu não muito calmo: Tá… e o que eu faço com o vôo que foi cancelado das 7 horas?
Rapaz sem sorriso: Não foi cancelado, senhor. Foi transferido para às 11 horas.
Eu irritado: Então o que eu faço com o vôo das 7 horas transferido para 11 horas?
Rapaz sorriso: O senhor pode trocar pelo vôo das 7 e quarenta.
Eu irritado: Então me dá aí esse das 7 e quarenta. Qual o horário do embarque?
Rapaz sorriso: 9 e meia, senhor.
Eu resignado: Ué? Esse também foi cancelado?
Rapaz sorriso: Não foi cancelado, senhor. Foi transferido para às 1o horas.
Então estou aqui, esperando meu vôo das 7 e quarenta transferido para às 10, que foi trocado pelo das 11 que iria sair as 7, que… porra, já até me perdi. Perdi também o que ia fazer de manhã no Rio.
E já que a WiFi do aeroporto tá funcionando direito, deixa eu lá ver o que tem no Papo de Homem.