Obama é mineiro, e passa férias no Rio

Barack Obama foi eleito presidente do Estados Unidos nesta semana. Até aí, nenhuma novidade. Mas o que as pessoas não sabem é que, além de ser mineiro de Belo Horizonte, o malandro veio passar uma temporada aqui no Rio.

Barck Obama é carioca
Sósia de Barack Obama curtindo uns dias no Rio de Janeiro

O cara da foto aí de cima é Gerson de Almeida, e é a cara do Obama. Tanto que já pensa em ganhar uns trocados como sósia do presidente recém eleito, e faz parte dos quadros de uma empresa especializada em encontrar sósias por todo o país – a Agência O Gordo e o Magro. Quer deixar se ser funcionário público.

Ele foi descoberto por um grupo de turistas americanos enquanto passeava pelo Rio de Janeiro. Agora é chamado de Obama no trabalho, na padaria e no açougue próximos a sua casa.

Via G1

A vitória de Barack Obama é o fim da intolerância?

Barack Obama ganhou as eleições americanas. Foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos. No seu discurso da vitória, o ex-senador democrata disse que a “hora da mudança chegou à América”.

Barack Obama

Daí que eu lembrei uma pequena história que me contaram:

Obama morreu. Chegando no céu deu de cara com São Pedro, o guardião dos portões sagrados e recepcionista oficial de Sua Santidade. Olhando para aquele homem negro, magro, com cara de bonzinho, São Pedro com a lista na mão pergunta:

– Quem é você que planeja entrar pelos portões do céu?

– Meu nome é Barack Obama, São Pedro. Tenho origem pobre, sobrenome não muito confiável, e sou o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos.

– Mas não te encontro na lista, meu filho! Quando foi isso?

– Há cerca de 20 minutos.

Já se passaram algumas horas desde o anúncio de sua vitória. Barack Obama já apareceu em público e fez o seu discurso para milhares de pessoas. É o fim da intolerância? Do racismo? Da segregação racial que – na teoria – foi abolida há mais de 50 anos dos Estados Unidos?

Bem, se eu fosse o Obama ficava quieto no meu canto por algum tempo.

Não se faz política no Brasil. Apenas eleição.

No próximo domingo, além das eleições municipais temos também o aniversário da Constituição da República do Brasil, que fará 20 anos desde a sua promulgação em 1988. E junto com ela, a tão festejada e desejada democracia caminha ao lado por igual período de tempo.

Democracia

Mas essa coincidência histórica traz alguns fatos que não se encaixam muito bem: por uma lado, temos uma carta constitucional que é uma das mais avançadas do mundo em termos de direitos e garantias individuais, e o país avançou muito nestas duas últimas décadas tendo a constituição como alavanca; mas repare que a política continua sendo feita seguindo a velha cartilha do início do século passado, sem qualquer avanço.

E essa estagnação política distancia cada vez mais os políticos da sociedade civil. O vácuo criado entre cidadãos e governantes faz com que a gente olhe os políticos com uma má-vontade repugnante; e estes, por viver das muitas benesses e mordomias do Estado, sentem-se cada vez menos obrigados a dar satisfações à sociedade e mais a este Estado que lhe presta tantos favores.

O Brasil é um dos únicos países do mundo que ainda conta com o atraso do voto obrigatório. E pior, com um sistema eleitoral que deforma consistentemente a representação popular nas urnas: o sujeito pensa que vota em um nome, mas está votando num partido. Vota em fulano, mas elege sicrano e beltrano. É o chamado Coeficiente Eleitoral.

Por isso não se faz política no Brasil, apenas eleição. Veja, por exemplo, as campanhas e propagandas eleitorais. Quais foram os temas genuinamente políticos que foram discutidos, apresentados, debatidos entre os candidatos e a sociedade? Eu respondo: nenhum. O que se viu foi um amontoado de frases feitas, denúncias, solavancos, desaforos entre candidatos, a guerra pela vitória na eleição. E a política verdadeira, aquela em que se propõe a melhoria e o avanço do país, ficou de lado.

Mas a culpa é nossa. Nós celebramos a esperteza. Quem age de forma correta é bobo, idiota. Por isso achamos que política se faz apenas em Brasília, que não somos responsáveis pelo regime, não nos damos conta que a manutenção da democracia é, acima de tudo, garantir a liberdade e participação ativa na decisões que impactam diretamente na nossa vida.

Então acho que já passou da hora de cobrarmos também o aperfeiçoamento da política. Está na hora de alguém conseguir mediar de forma eficiente e isenta os interesses da Política, do Estado e do Cidadão. Chega de decisões inúteis que levam em consideração apenas o bolso de quem governa. Se o barco vira, todos morrem afogados.

Política não deve ser feita apenas por prazer.